domingo, 8 de abril de 2012

O Rio de Janeiro marrom no caminho da Rio+20



O Complexo da Maré ocupa uma área de 800 mil metros quadrados e reúne 130 mil moradores, sem saneamento básico

Complexo da Maré área com 800 mil metros quadrados e reúne 130 mil moradores, sem saneamento.

Na Lagoa, as ligações clandestinas de esgoto e as falhas do sistema de saneamento são uma ameaça às espécies










 Ligações clandestinas de esgoto são ameaça as espécies.
O lixo acumulado na Baía de Guanabara atrai urubus, que comprometem a segurança dos voos no Aeroporto Internacional do Galeão
 O lixo acumulado na Baia de Guanabara  atrai urubus.

A ETE Alegria trata apenas 3 mil litros de esgoto por segundo, metade de sua capacidade, devido à falta de rede coletora. Sujeira vai parar na Baía de Guanabara

A ETE alegria trata apenas 3 mil litros de esgoto por segundo, a metade de sua capacidade , devido a falta de rede coletora  e a sujeira vai para na Baia de Guanabara. 

Os líderes mundiais que vão desembarcar na cidade para a  Rio+20 começarão sua temporada na cidade com uma viagem de cerca de 40 minutos entre o Aeroporto Internacional do Galeão e os hotéis da zona Sul da cidade. Para a centena de autoridades inscritas para discursar durante os três dias de conferência a partir de 13 de junho, os 25 quilômetros de trânsito lento que separam a Ilha do Governador dos bairros de Ipanema, Leblon e Copacabana serão uma aula de Rio de Janeiro – muito além dos cartões postais e da beleza carioca cantada e contada. O próprio desembarque das delegações obriga a um choque de realidade quando o assunto é a cidade-sede da Rio+20.


Bahia de Guanabara - A poluição da Baía nada mais é do que o efeito colateral do que está no seu entorno. Uma população desamparada. Três ou quatro milhões vivendo com saneamento básico inexistente ou precário. Enquanto você tiver o grosso dessa população preocupada com sua sobrevivência, e sob pressão, a poluição da baía não estará resolvida
O motivo: apesar do investimento em estações de tratamento, favelas e mesmo áreas urbanizadas da capital e de cidades ao entorno da baía não têm rede coletora de esgoto. Ou seja: os dejetos são lançados em rios e canais que arrastam para a Baía de Guanabara toda a poluição, enquanto unidades como a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Alegria, a maior das quatro construídas pelo programa, trata apenas 3 mil litros de esgoto por segundo, ou metade de sua capacidade.
Poluição do ar – Pela Linha Vermelha passam diariamente 139 mil veículos. Automóveis, caminhões e ônibus são os vilões da poluição do ar no Rio: 77% dos poluentes vêm dos canos de descarga, em uma cidade ainda completamente dependente do transporte rodoviário – única forma, por exemplo, de se chegar ao Aeroporto do Galeão. Uma faixa de ônibus exclusiva para ligar o terminal internacional à região central da cidade está sendo construída
Zona Sul – Na viagem entre o Galeão e os hotéis da zona sul, só ao fim do Túnel Rebouças ou a partir do Aterro do Flamengo os convidados da Rio+20 começarão a ter contato com as imagens do Rio que correm o mundo. A porção mais nobre da cidade também luta para reverter os efeitos da poluição. A Lagoa Rodrigo de Freitas passa por um programa que prevê a despoluição até 2014. Isso significa trazer o nível de coliformes fecais de 16 mil para cada 100 mililitros de água, encontrado em 2004, para perto de mil, para o mesmo volume. Atualmente, a Lagoa para próximo de 2.400 coliformes por 100 mililitros. Para isso foi instalado o Centro de Controle Operacional de Esgotos, que ajuda a monitorar os afluentes.
Praias de Ipanema e Leblon, cartões postais que também têm a deficiência do sistema de saneamento como um problema a ser resolvido. Durante metade do ano em 2011, segundo o Inea, a praia do Leblon ficou imprópria para o banho, principalmente devido ao alto nível de coliformes fecais oriundos das águas do Canal da Rua Visconde de Albuquerque, que traz parte do esgoto da favela da Rocinha e do Parque da Cidade. A praia de Ipanema ficou imprópria 40% dos dias de 2011. A promessa de melhoria, nesse caso, também tem 2014, ano da Copa do Mundo, como prazo para despoluição. Um programa orçado em 150 milhões de reais vai levar o esgoto para alto mar, pelo emissário submarino de Ipanema.


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