sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não deixem de visitar o blog "Sustentar para viver".O blog oferece um grande conteúdo sobre "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", na Rio + 20,querem saber mais dê uma passadinha por lá, pois está super interessante e bem objetivo.





















http://www.sustentarparaviver.blogspot.com.br/

sábado, 5 de maio de 2012

Os grandes temas da Rio+20


Criação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Protesto em Johanesburgo, durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2002: pressão por agenda social

O que está em jogo: Orientar e estimular os esforços nacionais e internacionais para o estabelecimento de compromissos de caráter universal, que possam ser aplicados por países desenvolvidos, em desenvolvimento e emergentes. Os temas por trás de cada ODS ainda não foram escolhidos oficialmente, mas sabe-se que energia e produção e consumo estarão na lista.
Quem lidera: Colômbia, com forte endosso do Brasil e do Reino Unido. Muitos países preferem não escolher os temas antes da Rio+20; outros – como o Brasil – discutem a idéia de escolher os temas durante a conferência. O Japão vai além e defende a inclusão do conceito de “segurança humana” nos ODS. O que é preocupação comum a todos e que ainda demanda clareza por parte dos que defendem a criação dos ODS é de ordem prática: em que medida bateriam de frente com os Objetivos do Milênio, lançados em 2002 e com plano de metas para 2015?

Os grandes temas da Rio+20


Expansão do uso de energia renovável

Painéis de energia solar na cidade de Mes Léss, França/Boris Horvat/AFP
O que está em jogo: Criar mecanismos que incentivem o uso de energia renovável para garantir o acesso universal a serviços de energia modernos e mais eficientes, bem como aumentar o uso de fontes renováveis  e reduzir o consumo de combustíveis fósseis. A pauta tem grande importância pelo tema que dela é consequente: o desafio da redução das emissões de carbono, assunto marginal na Rio+20 e que segue sendo propriedade da Convenção sobre Mudança do Clima, que conta com suas próprias conferencias internacionais (COPs, abreviatura do inglês Conference of Parties).
Quem lidera: Os países europeus, de olho na demanda de novas tecnologias para a expansão do uso de energia solar, dos ventos e das marés. O petróleo caro, a falta de mananciais hídricos para geração de hidreletricidade e a necessidade de banir o fomento à energia nuclear por motivos de segurança e custo, impulsionam a bandeira europeia que, entretanto, deixa em posição delicada países como o Brasil, ricos em petróleo e com cenário futuro de desenvolvimento econômico inspirado pelo pré-sal.


Os grandes temas da Rio+20


Gestão dos oceanos


O que está em jogo: Criar novas regras para regular o uso das águas oceânicas para comércio, transporte, exploração de petróleo e atividade da pesca, considerando que isso é vital para o equilíbrio da oferta de águas pluviais e potável, do clima, da oferta de alimento e até mesmo do oxigênio do ar que respiramos, elementos que dependem do equilíbrio do ecossistema dos mares.

Quem lidera: O Small Islands States (denominação em inglês para o coletivo formado por países insulares) e os países europeus, especialmente França, com foco no impacto da degradação dos  oceanos sobre as atividades pesqueiras. O debate gera enorme polêmica para Japão, Canadá e Rússia, países que temem a aprovação de cotas de pesca, conforme descrito no Parágrafo 80 da Minuta Zero. É delicado também para países exploradores de petróleo, como o Brasil, por conta dos riscos causados à biodiversidade em caso de acidentes com derramamento de óleo. Mas o governo brasileiro está ativo na busca de um novo acordo no âmbito da Convenção sobre o Direito do Mar, que inclui a conservação e o uso sustentável da biodiversidade dos mares em áreas fora da jurisdição nacional.

Quando o assunto é a gestão dos oceanos com foco em iniciativas que regulem, por exemplo, a pesca intensiva a fim de preservar a biodiversidade dos mares – única fonte de alimentos para 1,5 bilhão de pessoas - países como Japão, Canadá e Rússia temem perdas comerciais – e ficam contra. O tema da segurança alimentar (ou seja, o direito de todos à nutrição adequada) – leva países como Canadá e Austrália a defenderem um texto que privilegie mais o aspecto econômico da questão.

Os olhares são múltiplos. O acesso à água, por exemplo, “não está entre os maiores embates”, na visão do assessor-extraordinário da Rio+20 do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Antonio Lyrio da Silva. Já André Ribeiro, Diretor de Políticas Públicas Internacionais da Fundação Frances Libertés (criada por Danielle Miterrand em 1986), considera a discussão um termômetro para a pauta geral da economia verde.  

O que está em jogo na Rio+20

 Pontos mais importantes e polêmicos da conferência sobre desenvolvimento sustentável 
 que acontecerá em junho, no Rio na Rio + 20

 Acesso à água


Sem água encanada, moradores de Sossego, na Paraíba, carregam latas de água na cabeça/Cristiano Mariz
O que está em jogo: Garantir o direito à água potável e limpa e ao saneamento como um direito humano essencial, como estabelecido a partir da Eco-92.
Quem lidera: O Brasil tem grande influência nos debates, e defende que a estrutura institucional da ONU não é forte o suficiente e coordenada o bastante para lidar com as diversas questões relacionadas à agua. Atualmente, várias agências e programas da ONU se sobrepõem, o que torna necessário reforçar as iniciativas globais, como a UN-Water e fortalecer outras transversais, como o Fórum Mundial da Água. Hoje, 34 mil pessoas morrem por dia de sede ou por ingestão de água contaminada.
Durante a 3a Reunião Interseccional da ONU realizada em março, os negociadores dos EUA tentaram excluir da declaração da conferência o tema de acesso universal à água. Isso abriria caminho para a privatização dos serviços de saneamento básico, um tema polêmico, que deixa em pé de guerra as representações da sociedade civil. Obtiveram o apoio de União Europeia, Reino Unido, Canadá, Austrália, Israel e Nova Zelândia.
No último Fórum Mundial da Água, em Marselha, o presidente da Nestlé, declarou que somente as grandes corporações podem garantir o financiamento para o acesso à água, e por isso devem ter total liberdade e apoio dos países e da ONU para decidir como fazê-lo. Esse discurso toca em questões nevrálgicas, que levará à frente uma série de atividades no Aterro do Flamengo. “O que temos ouvido é que a Rio+20 não é o lugar para falarmos sobre direitos ou proteção do meio ambiente, mas sobre financiamento e investimentos, através da valorização do ‘capital natural’ e da criação de novas oportunidades para o mercado”, .
Para o setor privado, o caminho deve ser exatamente aquele que as ONGs questionam. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, afirma que, dentro da economia verde, plantar árvores, aumentar a bioprodutividade das florestas, recuperar áreas degradadas e evitar o desmatamento vão contribuir para o desenvolvimento através de pagamentos por serviços dos ecossistemas. “As empresas têm muito a contribuir com desenvolvimento tecnológico, tecnologia da informação e investimentos em parcerias público-privadas. As empresas têm responsabilidade com a pegada hídrica: a água é um bem que precisa ser valorado devidamente para que o setor empresarial insira este custo no valor de seus produtos e faça o uso adequado deste recurso, investindo na redução do uso, reciclagem e reposição e na proteção, recuperação e conservação das nascentes”,.